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Tuesday, January 30, 2007












Cala-te que me calo

No fogo que te queima

Eu me mato;

Ama-me que eu te amo

Nos lábios que fervem

Eu te chamo.

Diz-me que eu te digo

Que sem ti viver é um castigo.


Fala que eu falo

Que a doce melodia

São as vezes que te embalo;

Dá-me que eu te dou

A música que mais ninguém escutou.

Diz adeus que eu digo não

Viver sem ti é morrer de solidão.


Poeta de Rua J&H

Sunday, January 14, 2007















Procurei-te porque amo a vida
Para que me contasses
Que lágrimas são essas
Nesse rosto inocente.

Chorei de dor ao te escutar dizer bébé;
Que a tua mãe não te ama
Que ainda não sentiu o cheiro da tua pele
E já te repele.

Que não te escuta à noite
Quando chamas por ela;
E ouves os lamentos
De não seres desejado.

Ser inocente
Sei que não pediste para conhecer o mundo;
Não tiveste a alegria da escolha, nem a liberdade
De rejeitar que a morte, não seja a verdade.

Vejo-te brincar na minha imaginação
Com aquele sorriso terno e doce
Imagino-te a gatinhar pela casa
De olhos brilhantes.

Sei que choras em meu regaço
Fazendo-me sentir impotente;
Porque te amo vida
Porque te amo criança.

Dá-me um abraço
Prometo ao teu lado lutar;
Por palavras, por gestos, por lágrimas.

Deixa-me que te diga meu bébé
Apesar de o mundo ser amorfo
Eu juro-te que sou contra o ABORTO !



Obs: Não e não, não me ensinaram a ser criminoso !!



Poeta de Rua J&H
















Amor tenho ódio
Porque me falta tempo
Entre bocejos e gracejos
Para sorrir nos teus lábios.

Amor tenho culpa
De a minha alma ser aventureira;
E o meu corpo ser espada
E a tua alma cetim.

Olvidaste de viver
Sem a criança reguila;
E em ti poisaram as mãos cinzeladas
De Homens ébrios de dor.

Vi-te calcorrear o mundo
Numa sofrida angústia;
E calei o meu silêncio
Que agora te perdia.

Amor tenho horas por acontecer;
Dias por nascer, noites por morrer;

Mas amor mato-me hoje de amargura
Porque tenho ódio de ter ver assim;
Rosa despoetizada
Outrora versos de cetim.



Poeta de Rua J&H

Sunday, January 07, 2007











Este querer-te por desespero
Que trago na alma
É um ousar-te beijar
Em outros sonhos meus.

Que na morte há um fascinio
E na vida um espanto
No destino um desígnio;

Cheio de flores e frutos
Amantes do verde
Agarrados à vida
De olhos enxutos.

Poeta de Rua J&H

Saturday, January 06, 2007














Abraçais a terra com o sangue
Que escapa das veias;
Tombado sobre a pátria
Que amais;

Pela mesma pátria
Vi em seus olhos
Lágrimas de medo que
Pensei não existerem jamais

Mas sois de carne e osso
Vós sois fervoroso intrépido
Como o mar bravio;

Se alguém se lembrar
Da anacruse das suas marchas
Verás em meus pobres olhos
Meu combatente ,

O que mais ninguém viu.



Poeta de Rua J&H

Tuesday, January 02, 2007















Só há esta ponte
De secretas margens
Em que as faluas
Navegam à procura do Homem.

Que irá nascer morto
E condenado nas nossas mãos;

Mas a culpa é nossa
Somos o ventre
Egoista e asfixiante

Porque resignamos
A viver de esperanças
E esperançados vertemos
O cálice do sangue da ganância.

Mas hoje sou eu que
Imolo o meu corpo ao desconhecido
Embarco numa folha de papel;

E cruzo a ponte
À procura
De secretas margens ;

Posso não mais voltar
Olhando para trás e vendo o vazio
Irei sorrir chorando.

Porque sou o Homem
Entre os Homens.



Poeta de Rua J&H