Dei-te o nome de rosa
Outro nome não te servira;
Tuas pétalas vestiam-se de azul
Eras rosa mas não vaidosa.
Dei-te o nome de rosa
Porque de outro modo não te conheci.
Não perguntei que outro nome tinhas
Que me importa? Não eras minha.
Todos os dias pela manhã
Beijava-te com olhos serenos;
Tinhas o rosto molhado;
Se havias chorado ou simplesmente o orvalho
Não sei...
Para mim eras rosa!
Parecias conhecer todas as luas
Todas as primaveras;
Todas as manhãs
E todas noites.
E a noite abraça as estrelas;
Quero lá eu saber o que fazias com elas
Eras rosa tão-somente rosa.
Dei-te o nome de rosa
Mesmo quando te vi criança;
E hoje sei que rosa não eras
Mas há sempre uma esperança
Que em mim serás sempre rosa.
Sempre rosa…
Poeta de Rua J&H