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Friday, February 23, 2007

Silêncio de novos Poetas .




Amanhã não haverá

Quem nos oiça

Quem nos escreva um poema difamante

Um chão de diamante

Ou o ar sufocante .


Amanhã não haverá medos

Novos ou velhos segredos

Na boca do silêncio;


Iremos recordar o ontem

Porque o amanhã chegará

E não haverá quem nos oiça .


Poeta de Rua J&H


Saturday, February 17, 2007









Abaixo à prostituição da poesia
Abaixo aos falsos poetas
Proxenetas das palavras
Putas da originalidade

Abaixo à rima emparelhada
Abaixo à boca sangrenta
Que cospe palavras desenhadas
Milimetricamente elaboradas;

Abaixo à mente corrompida
À podridão das mãos que escrevem
A mentira que é a sua poesia;
A que mata quem não é gente!


Abaixo aos traidores
Que compram versos no mercado;
Prefiro que as roubem
Já que se prostituem no local errado.

Morrer é pouco para vocês
Já que estão mortos desde que aprenderam
“I love you” em Inglês;
O “Je t ´aime” em Francês;
E o “ Vai-te embora “ em Português.

Raios! Não deixem morrer a originalidade.
Sequer deixem morrer o Português das palavras
Há coisas que não entendo, ou estou caduco ou morrendo
Está bem, está bem. Já sei, preferem um referendo?

Façamos as pazes com a poesia
Deixemos sonhar os que escrevem por amor à palavra
Mal ou bem haverá sempre alguém
Para salvar o que é nosso e de mais ninguém.

Abaixo à salada de frutas
Quanto mais não seja à sobremesa;
É indigesto comer o que é dos outros
Sejam originais, não sejam putas!



Poeta de Rua J&H














Dei-te o nome de rosa
Outro nome não te servira;
Tuas pétalas vestiam-se de azul
Eras rosa mas não vaidosa.

Dei-te o nome de rosa
Porque de outro modo não te conheci.
Não perguntei que outro nome tinhas
Que me importa? Não eras minha.

Todos os dias pela manhã
Beijava-te com olhos serenos;
Tinhas o rosto molhado;
Se havias chorado ou simplesmente o orvalho
Não sei...
Para mim eras rosa!

Parecias conhecer todas as luas
Todas as primaveras;
Todas as manhãs
E todas noites.

E a noite abraça as estrelas;
Quero lá eu saber o que fazias com elas
Eras rosa tão-somente rosa.

Dei-te o nome de rosa
Mesmo quando te vi criança;
E hoje sei que rosa não eras
Mas há sempre uma esperança

Que em mim serás sempre rosa.
Sempre rosa…


Poeta de Rua J&H

Thursday, February 08, 2007

Desenhei duas asas
E duas asas te ofereci
Quando o medo te assolar
Ou a dúvida te incomodar
Voa de encontro ao vento

Que estarei esperando por ti;
E quando me encontrares

Terei desenhado dois firmes pés

Para que juntos possamos caminhar
No jardim dos nossos sonhos.





Poeta de Rua J&H