Total Pageviews

Wednesday, March 30, 2011

Rastejo pelos recantos mais sombrios
E em todas as esquinas te alcanço,
Uma sombra de fogo
Uma frágil silhueta

...(Não me vês? Humilhado e sujo?)

A cada movimento da tua boca
Procurando saborear o “não”
A cada gesto brusco a afastar-me
Do frio dos teus olhos,
Eu choro amor

Choro;
As horas que não nos demos
As mãos que não enlaçam
Os olhos que não viram
As bocas que não se beijaram
As noites frias e taciturnas
Os segredos prometidos
Os deuses outrora esquecidos
Os gestos escondidos
As recusas partilhadas
As palavras desperdiçadas



E choro aqui,
Perante este imenso oceano
Só aqui escondo as minhas fraquezas
Os meus medos e as minhas tristezas

O que te peço não são mundos
Não são contos de fadas
Nem promessas quebradas

Deixa cair como um manto de luz
Os teus olhos em mim…

(Já me vês? Humilhado e sujo?)


Jean Herbert

Friday, March 25, 2011

Ambos sabemos
Eu, tu e as estrelas
Que a secreta passagem entre nós
Ainda existe para lá da imaginação.

...Eu sei,
Tenho sido ausente e sofrível
Tenho sido agressivo para os teus olhos
Tenho negado a mim mesmo
Na esperança que me encontres.

E tu?
Tantas vezes um poema inacabado
Tantas vezes um soco no estômago
(E que soco…)
Tantas e tantas vezes um arrepio

E no entanto;
Por tudo que me deste
Por tudo que ainda não demos
Por tudo que me negas
Sou-te fiel.

Sou-te fiel
Porque me reconheço nos teus gestos
Porque viajo na tua presença
E em todas as cidades encontro a saudade

Sou-te fiel
Mesmo quando me ignoras
Porque o amor é paciente
Não tem tempo
Não tem horas…

Jean Herbert 25-03-2011

Wednesday, March 23, 2011

A indiferença perante quem se dá e nada espera, é um dos sinais mais gritantes da mediocridade e decadência da raça Humana

Jean Herbert