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Thursday, December 29, 2005

Com muito Amor


Cá estou eu de novo meu Amigo
como posso esquecer que já não sinto as tuas mãos se vives em mim..

Neste preciso dia, quatro longos anos se venceram ao sabor dos dias,
aguentando a dor, chorando a saudade, murmurando
o teu nome.

Sei que me contemplas da mais bela estrela, que alimentas a minha sede
de te alcançar num longo abraço, pois levaste em ti o meu maior pedaço,
aquele que não regenera, que o tempo não cicatriza.

Ah, meu bom Amigo, como recordo o embalo do teu colo
o precioso beijo que oferecias a um rosto pálido e frágil.

A saudade essa é maldita, não pede licença, não escolhe a hora
entra de rompante, invade meu peito, sufoca a minha alma
sangra meus olhos de tanta lágrima.

Falar de ti meu bom Amigo é desnudar-me por completo,
é por de lado os medos, a solidão e o desespero, é vestir-me de
saudade, esperança e fé.

Lembro quando em tons de Jasmin, perfumavas ao nosso
redor, dizendo, " Meu filho, recorda a mais bela arvore, repara que
as folhas secam e caem, para que dela nasça vida nova". Eu sorria
e o beijo te devolvia ...

Hoje, sobrevivendo à tua longa e eterna ausência e fechado em mim
recordo tuas sábias palavras, que agora tanto necessito e
corro até aquele jardim, onde ainda existe o suave perfume a Jasmin,
colho pequenas folhas secas, pois sei que ainda vives em mim !
...Amo-te


* Não podia deixar de fazer uma sentida Homenágem, há pessoa que mais amei e amo e que a dor da sua partida o tempo não tem conseguido apagar. Após quatro anos, de ausência ainda vive em mim todos os dias...
Até um dia Avô . Amo-te
Jean Herbert J&H

Tuesday, December 27, 2005

Quem ama não esquece

Que desnorteio
é este que me invade por dentro ?
Que desatino de dor e mágoa, fere
meus dias, sempre que te procuro ?

Em meu livro, não estás
ao meu redor não te vejo
no ar que respiro não te sinto
nas estrelas não te encontro

Que pesada ausência é esta?
é castigo teu ou derrota minha ?

Se me fazes sorrir em sonhos
porque choro ao acordar?
Prometo que enxugo minhas lágrimas
ao prometeres voltar...

Foram arrancadas páginas da minha vida
não as encontro
penso que as levaste em teu peito
por mais que as procure no vazio do meu leito

Não há nada que eu possa fazer
calar é desabafar em silêncio
sorrir é chorar por dentro
amar é adiar cada momento

Sei que devo seguir ...
estou seguindo aos poucos
Não!Não me peças que te esqueça, quero
sentir nossos beijos,sempre que a ausência da tua imagem permaneça.

Sei que permanece
pois quem ama não esquece...
aprende a viver na ausência
enquanto o amor adormece ao final do dia
Jean Herbert J&H

Monday, December 26, 2005

Voltas ?

Sonhei .

Sonhei acordado pensei eu
quando as melodias se confundiram
com os ruídos estrondosos da porta a fechar
virei a cara ao infinito, não te queria ver partir

Sonhei acordado quando a meus pés
juras e promessas de amor foram feitas
quando tua boca mentia e desmentia
que estranha melodia era a tua voz

Carente ser, ambicionando uma história feliz
se deixou levar, pela loucura da incerteza
chorou de alegria, pensando ser feliz nesse dia

A história à muito tinha sido escrita
pelas mãos que lhe afagavam o rosto carente
pelo olhar enternecido de uma voz convincente

Sonhei acordado, embora magoado, que morreria ao teu lado
pela mesma batalha, pelo mesmo sofrimento, pela mesma dor
e hoje combato sozinho, o ruído da tua partida, a ausência dolorosa...
Eu Homem sonhador...
Jean Herbert J&H

Saturday, December 24, 2005

Escravo do luar

Adeus lua
é chegada a hora da minha partida
faz do meu caminho o luar de Agosto
ilumina os trilhos por onde passo, não o meu rosto

Adeus lua
Já senti este sentir aveludado
pl'as vezes que as senti, embora amargurado

Não quero ouvir os teus lamentos por entre as estrelas
sofre silênciosa, muda e cega
que este caminho é meu, ninguém o nega

Adeus lua
Pela praia que incendeias de branco cintilante
vou contando e alternando os passos...
iluminando os segredos que perseguem o brilho no teu luar

Adeus é chegada a hora da minha partida
eu, o teu eterno escravo
da tua beleza, do teu mistério, da tua paz
Adeus lua...não te contemplo mais, sei que não sou capaz.

Adeus ...

Jean Herbert J&H

Thursday, December 22, 2005

Maninho


Maninho
Não há palavra nem escrita que densifique
o nosso espaço, não há vazio em Mundo
algum que o nosso abraço não preencha

Ver-te crescer à minha beira, deu-me a certeza
inteira, que o rio não muda o seu curso
embora os anos passem por nós

Maninho
Pintar o nosso quadro, seria pedir o impossivel
ao mais hábil pintor, compôr a nossa sinfonia
seria tarefa ingrata ao mais nobre compositor

Certamente, que será tarefa dificil tentar escrever docemente
o amor que nutro pelos teus olhos
a tua humildade que me envaidece, quando
seguras as minhas lágrimas

Oh... se pudesse ter o dom de construir
pontes e ruelas por entre os teus sonhos
seria mais fácil saber
quando entristeces e afastas os dias risonhos

Mano
Falar ou escrever o sossego da tua alma
a ligeireza do teu toque e a harmonia
do bater do teu coração, é sentir-me seguro e amado

Vacilei vezes sem conta perante a tua pessoa
gritei, berrei, contudo amei o que Deus me deu
não posso querer mais, nem ter tamanha ambição
mas juro que te sinto, em cada bater do meu coração


Jean Herbert J&H

Wednesday, December 21, 2005

Amar

Amar é a pureza cristalina
de uma nascente em nossas vidas

Amar é a serenata nos acordes
de uma guitarra solitária

Amar é a verdade na mentira
é a certeza na incerteza

Amar é escrever no mesmo papel
as mesmas letras, o mesmo soneto

Amar é cantarolar a musica que enaltece
o coração de quem padece

Amar é ter a alma quente, quando o corpo
gela

Amar é sorrir sob o olhar atento
da Primavera

Amar é cuidar e aceitar
amar não é rejeitar a felicidade

Amar é a criança que brinca na sua inocência

Amar é chegar na altura da partida
e permanecer na fraqueza da outra vida

Amar é amar cada gesto, cada palavra, cada suspiro

Amar é construir uma casa no alto da mais bela montanha
e de lá contemplar o entardecer

Amar é remar no mesmo rio,é beber da mesma àgua

Amar é ...

Incertezas

Ser insaciável, não consigo
saber se da tua boca brotam perpétuas alegrias
ou miseráveis profecias...
Não consigo esconder a face no papel liso,
do veneno que brota dos teus olhos, do engano do teu sorriso.
Verdades enganosas, mentes sinuosas, paixões avassaladoras
torpedos de incerteza numa alma qualquer.

Não consigo perder uma hora vencida quando contemplo tuas palavras...
É a incerteza, só a incerteza que me consome!

Tuesday, December 20, 2005

Estrela da tarde

Era a tarde mais longa de todas as tardes
que me acontecia
eu esperava por ti, tu não vinhas
tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca,
tardando-lhe o beijo, mordia
quando à boca da noite surgiste
na tarde tal rosa tardia
quando nós nos olhamos tardamos no beijo
que a boca pedia
e na tarde ficámos unidos ardendo na luz
que morria
em nós dois nessa tarde em que tanto
tardaste o sol amanhecia
era tarde de mais para haver outra noite
para haver outro dia.

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.

Foi a mais bela de todas as noites
Que me aconteceram
Dos nocturnos silencios que à noite
De aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois
Corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa
De fogo fizeram.Foram noites e noites que numa só noite
Nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites
Que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles
Que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto
Se amarem, vivendo morreram.

Eu não sei, meu amor, se o que digo
É ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo
E acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste
Dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida
De mágoa e de espanto.
Meu amor, nunca é tarde nem cedo
Para quem se quer tanto.
Ary dos Santos

*São estes pequenos momentos em que me sinto um nada a escrever e que me sinto um tudo por gostar de poesia, são poetas como o Ary que deixam marcas enormes por gerações... que fazem com que a poesia seja intemporal e eterna.

Jean Herbert

Vai coração

Vai coração

Vai ver se o mar escuta os desalinhos da tua voz
procura descobrir qual o seu mistério

Vai coração ...

Leva contigo tudo que aprendeste
procura a tua amada e diz-lhe que ainda não morreste

Vai coração

Conta ao mundo em cada momento
a paixão que tens gravada no tempo

Vai coração

Diz há tua amada que a coragem ainda é tua
que não tenha medo do brilho da lua

Vai coração

Escreve na areia, que os amantes são loucos
deixa com agrado que o mar o venha beijar aos poucos

Vai coração

Leva contigo as promessas mil
faz-lhe sentir pedaço de céu, a chuva de abril

Vai coração

Vai sussurando baixinho que por ela morres
vai sem pressa, colhe algumas flores

Vai coração

Pega no pouco que te resta, junta os pedaços soltos em ti
vai na brisa fresca da manhã, diz-lhe que ainda não morri ...

Jean Herbert J&H

Monday, December 19, 2005

Strong

I See The Fear In The Things We Don't Understand
I See The Fear In Another Blind Man
I Can't Hold Back This Fight That Stills Inside
I Can't Hold Back Who I Am

I Know You're Strong
I Know You Belong
I Know You Are Strong
My Beautiful One

I Know You're Strong
I Know You Belong
I Know You Are Strong
My Beautiful One

I Can't Turn Away From What I Believe
I Can't Destroy Or Deceive Oh No Oh No
I Know A Beauty In All That
I Can SeeI Can't Hold On But You Can't Release

I Know You're Strong
I Know You Belong
I Know You Are Strong
My Beautiful One

I Know You're Strong
I Know You Belong
I Know You Are Strong
My Beautiful One

Cause They Can't Hold You
And They Can't Hold Me
And They Can't Hold On
To What They Can't Believe

Cause They Can't Hold You
And They Can't Hold Me
And They Can't Hold On
To What They Can't Believe
I Know You're Strong
My Beautiful One

I Know You're Strong
I Know You Belong
I Know You're Strong
My Beautiful One

I Know You're Strong
I Know You Belong
I Know You're Strong
My Beautiful One

Reamonn

Sunday, December 18, 2005

O Amor somos nós..

Ei, estás aí ? Não te escondas!
Ouve-me pelo menos uma vez, pode ser ?
Sabes que te procurei durante este tempo todo
que sonhei contigo? tens medo ?

Medo de quê ? Do incerto ? Oh, não ..
não quero pensar que te escondes do medo
que teimas em correr rumo
ao desespero e que até a tua sombra te abandona

Sabes que em criança ouvia falar muito em ti, nas alegrias
que trazias e nos medos que causavas
Hoje, Homem quis-te conhecer, saber como és, que formas apresentas
que traços te marcam.

Aparece, por favor, estou aqui perdido no meio da rua a gritar por ti
sinto que me podes responder
só preciso de saber como é a tua essência.
O teu jeito... a verdade dos factos.

Sinto ouvir a tua voz, acho que te achei
irás aparecer p'ra que te possa ver ?
Deixa-me escutar o que o vento me diz..
Deste-lhe algum recado ?

Que mensagem ele me trará...
Não acredito no que ele me diz, que
tu não tens forma, nem traços, nem rostos
que vives em cada um de nós, que és a nossa imagem

Que alegria me inunda os olhos e corre pl'a alma...
entendo embora confuso e ainda adormecido
a mensagem que me trouxe, regresso então a casa..
pois sei que o Amor sou Eu, és tu ... Somos Nós .


Jean Herbert J&H

Saturday, December 17, 2005

A minha luta


Sinto que a minha luta está por horas
não me desanima a longa caminhada
nem tão pouco o asfalto que piso
desanima-me porém, as pedras que colho no caminho
pois serão essas mesmas que me irão ferir um dia .

Falta-me o sossego que me acalma o espírito, a lealdade
entre as relações que há muito me abandona e a minha persistência
me envergonha, quando a procuro de novo.
Resta-me empunhar a espada e combater a solidão e o desespero
so por meros instantes,pois vencerão de novo eu sei.

Contudo, luto! E a batalha pelo qual sofro e sangro é esta
escrever o que mais me dói. Confiante que um dia vencerei
torno a escrever, confiante que um dia triunfarei insisto em viver.

Jean Herbert J&H

Friday, December 16, 2005

Brincando ...

É preciso garra, é preciso luta
quando a batalha se avizinha num horizonte qualquer
É preciso tornar a vencer, é preciso querer
sempre que a sombra nos atormente

É preciso vontade, é preciso paciência
quando as incertezas ocupam a tua mente
É preciso suar, é preciso sofrer
na escalada pela mais alta montanha

Foi preciso coragem, foi preciso bravura
escrever isto, sem a inspiração nesta altura...

* Uma pequena brincadeira minha ... :)

Os comentários irão estar desactivados por tempo indeterminado, para serviços de manutenção
Jean Herbert J&H

Quando ninguém vê

Chovia copiosamente quando me abeirei
de ti, estavas pálida e trémula
teus pés vazios, encolhidos sobre o teu corpo
eram sinais evidentes da fraca razão que te cobria

Num olhar sofrido, deste-me a vêr as tuas pérolas
negras, que tamanhos olhos me encantaram
como pude ler neles, o que nunca antes
fôra lido por ninguém...

E assim se faziam os teus dias
pequenos, silenciosos como a
a àgua que cai desamparada
sobre o chão fértil

Tu que já foste um lindo amanhecer
foste o mundo de todos e o
poço de segredos e desabáfos
a ti que tanto te elogiaram e aclamaram

Sim, eu sei que já foste o pôr-do-sol,
numa praia qualquer, o luar de Agosto
na noite das estrelas mais belas
o cantar de um pássaro no seu ninho

E agora que chove tão copiosamente
em ti e ao teu redor, ninguém vê, ninguêm ouve
todos passam e finjem olhar em ti, mas nada olham
nada sentem e nada ouvem

Continuas fantasmagóricamente a existir...
foste sol, iluminas-te...
agora que és chuva, dor e mágoa
todos se abrigam e nada percebem em ti

Anda, dá-me a tua mão que te ajudo a
levantar, não chores mais por quem não merece
a chuva há-de cessar como por magia
então voltarás a ser a aurora de um novo dia.

Jean Herbert J&H

Wednesday, December 14, 2005

O Dom Supremo do Amor

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência: ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei.

E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso se aproveitará.

O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz incovenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais acaba. Mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará. Porque em parte conhecemos e em parte profetizamos. Quando porém vier o que é perfeito, o que então é em parte, será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como um menino, sentia como menino. Quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.

Porque agora vemos como um espelho, obscuramente, e então veremos face a face; agora conheço em parte, e então conhecerei como sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor. Estes três. Porém o maior deles é o Amor".


Corintios 13;1
Com este texto lindo, desejo a todos vós um Natal cheio de amor e um próspero ano novo. Jean Herbert

Friday, December 09, 2005

Carta a um Amigo ...

Sei que existes em mim, mesmo ausente
perdura o que rimos e choramos, o nosso eterno sorriso
não há fortuna que nos interesse, tu não queres
nem eu quero, perderiamos o nosso olhar sincero
o nosso abraço único.
Não penses que deixei de ser a criança adulta que
em tempos partilhou as brincadeiras e traquinices
lado a lado contigo, apenas a vida escreveu novos
capitulos, agora marcados pl'a distância, pl'a ausência
dos nossos olhares.
Se hoje assim te recordo neste tom nostálgico, é tão
somente porque necessito, daquela palavra, daquele toque,
da tua presença.
São momentos como este, em que o orvalho se prende nos meus olhos
o brilho foge por entre os meus dedos quando
intempestivamente tento retratar o que de mim tens, o que de nós existe
o que de nós irá sobejar no diário da vida.
Perdoa-me não poder escrever nem mais um traço, uma virgula ou
a nossa interrogação... sabes bem que o papel se encontra molhado
amigo e que o sal no meu rosto é imprevísivel.

Perdoa-me amigo é por te amar demais...

Jean Herbert J&H

Monday, December 05, 2005

Presente Ausente

Tem dias como este que me apaga
na alma a pequena chama
dias tristes, arrancados à lágrima !
Sofrido dia, em que tudo me confunde

É mais um daqueles dias, em que
dou razão à tristeza, que oiço suas
palavras, que me sento na mesma mesa
e acabo partilhando a mesma almofada

Há dias que a revolta da angústia
o medo, o desatino do bater no meu peito,
o sopro ofegânte, descrevem silhuetas
da silênciosa e maldita solidão

Verdade é e será sempre que dias
assim serão vividos comigo, eternamente
comigo, pois no meu casulo
não há espaço para mais ninguém

Frios e chuvosos são os dias que
se abatem em minha alma !
Maldito presente ausente ...
culpa de um passado persistente
Jean Herbert J&H

Sunday, December 04, 2005

Pensamentos soltos

É a minha persistência, muitas vezes deturpada como sendo teimosia, que me faz erguer todos os dias pl'a manhã e dar os passos rumo ao incerto. Jean Herbert

Quando procuras silêncio na tua alma, suscitas zumbido ao teu redor . Jean Herbert

Não é verdade que me falta a coragem para a luta, verdade é porém que o meu coração se recusa a lutar. Jean Herbert

Não existe nada mais penoso... quando sorris e a tua essência chora. Jean Herbert

Thursday, December 01, 2005

Adormecendo

Oh vontade ... !
Cega e louca vontade
fino como o cristal dos teus olhos
que desperdicio é a vontade sem fé
a vontade sem crença na hora da partida
Que vontade é essa que esbate-se na areia
sob a forma de àgua cristalina que beija os teus pés
Oh vontade, tola vontade que me faz sonhar
sentir e perder-me na paixão pelas rimas
é a mesma vontade outrora cega e louca
outrora tola e criança que cerca a minha alma
Esta vontade que tanto me assusta é a mesma vontade
que tão docemente me embala ao adormecer

Jean Herbert J&H

Wednesday, November 30, 2005

A outra face da Lua

Tal qual o nascer de um novo dia
é brilhante a cada momento o
pequeno gesto, nada nos perturba, nem nos fere
somos imensos, somos a Lua Cheia

Em momentos menos audázes, sentimos
pedaços de nós, desoládos,pequenos, consumidos pl'as
incertezas, cobertos pelo sal das lágrimas
é neste nosso pedaço que somos Quarto Minguante

Como se inato fosse, a nossa motivação cresce
mesmo com o despontar de nuvens negras, timidamente
como a maré que muda ao sabor da Lua, assim é minha
e tua a força que emerge,somos assim o Quarto Crescente

E numa perfeita simbiose de um espectáculo
único e raro, a metade que nos completa se
entrelaça em nós, num jogo pleno de amor
é o privar de dois amores é o Eclipse

O sorriso da metade que parte em nós
deixando sempre um amor imenso e uma
esperança capaz de remar à nossa felicidade
faz-nos ser a imagem de uma Lua Nova

Assim se sucede a um ritmo alucinante
o carrossel da vida, é desta forma
que alcanço a outra face da Lua

Jean Herbert J&H

Tuesday, November 29, 2005

O Beijo

A imensidão da tua mão no meu rosto
A calma melodia que a tua voz entoa
o desperdicio dos momentos não passados
são retratos dos nossos corpos vertidos em paixão

Surge-me pensar nas palavras que a tua boca me rouba
do momento que quero falar e falado está em ti
como se por magia a nossa plena sintonia
abrisse em flôr aos nossos olhos

Assim pela saudade que mata
a ilusão da mágoa sofrida
pedes em doce carinho
um beijo do adeus

É o mundo a partir, o chão a ruir
saber que da tua ausência, será eterna melodia
que do teu toque, o frio das minhas noites
Não! O beijo do adeus será recusa em mim

Jean Herbert J&H
Dei por mim em tempos recentes, a pensar como é doloroso o adeus ou mesmo o até já daqueles que mais fazem sentido na nossa fugaz existência e resolvi tentar escrever .

Saturday, November 26, 2005

A cidade...

Já se calaram as vozes, é meia-noite
o silêncio moribundo
entre quatro paredes, as luzes
de um carro vádio, desperta a minha atenção .

Dois passos em sintonia vagueiam pl'as ruas
desertas, o frio que existe fora de mim
o ar húmido carregado de penumbra

Ao longe contemplo a lua que parece
dormir por entre as nuvens, tudo é tão calmo...
o despertar de um insecto, o mover de um ramo partido
numa meia-noite perpétua.

É a transição das almas perdidas, dos que agora dormem ausentes
do exterior...

Lanço um breve olhar sobre a varanda descoberta de um pobre
velhote, moribundo também, tal e qual a meia-noite que abraçou o dia.
Jogo fora o cigarro pestilento mas reconfortante e lentamente afasto-me
da janela e a cidade adormece com o bater das minhas pálpebras
Jean Herbert J&H

Monday, November 21, 2005

Filho da Rua ...

Porque choras?
o frio que gela o teu rosto
o aperto da tua barriga vazia

Tens medo do silêncio destes dias?
Ninguêm te segura a mão calejada
e te ajuda a levantar

Tens fome ? Fome de um mundo melhor?
que te prometeram e não cumpriram
da saudade de não teres nascido

Tens sede? Sede de justiça e igualdade?
a àgua que bebes não te saceia?
queres fugir meu anjo

Dorme num pequeno recanto
de uma rua qualquer, não pediu p'ra nascer
o menino que não sabe ler nem escrever
que apenas precisa de pão e de amor

Já sei meu anjo, já sei porque choras...

Escrevi este pequeno poema ou texto, para que em cada momento, cada época como a natalícia, possámos reflectir que muitos vivem do nada e outros tantos disfrutam do tudo.
Saibamos chorar todos os dias em silêncio, por dentro, pedindo e implorando aos mil ventos que nunca esqueçamos de que há quem não tenha nada.


Jean Herbert J&H

Sunday, November 20, 2005

Quem nos aprisiona?

Quando me deito a pensar no que
me escapa ao longo dos anos
vejo que a dor me persegue
e a aprendizagem o acompanha

Penso e repenso nada é tão
triste e ao mesmo tempo agradável
podermos pensar livremente, alterar,
criar e adormecer tudo em nossa mente

Quem nos aprisiona?
Não existem grades nem limites
não há barreiras nem fronteiras
pensar é vestir e despir a nossa alma

Podem ferir, podem magoar
nada podem ao que flutua na minha mente
ninguem o pode deter

Podem inclusivé, punir o meu corpo
fustiga-lo com ódio e desamores
cravar em meu peito duras palavras
roubar dos meus olhos o sal das lágrimas

Mas pensando serei sempre a aurora
de uma primavera
a liberdade de um passáro
o sonho de uma criança

Jean Herbert J&H

Wednesday, November 16, 2005

É necessário

Silêncio
preciso de escrever
não quero ouvir nada que não seja teu
apenas o luar espelhado em ti
quero escutar o mar e o que ele me segreda

Silêncio ...
preciso de escrever
quanto mais não seja uns parágrafos perdidos
pequenas peças soltas, umas letras solitárias
necessito ser poeta

Silêncio
preciso de escrever
que a criança já dorme na sua inocência
e que eu aqui me consumo, porquê o medo
me atrapalha, eu que tanto preciso escrever


Jean Herbert J&H

Saturday, November 12, 2005

Ajuda-me

Ajudas-me ?

Ajuda-me a sorrir ao acordar
a viver antes de nascer
a construir um pedaço de chão
por onde os meus filhos irão pisar

Ajuda-me a sentir os teus estimulos
o teu abraço, o teu conforto
a prisão dos teus braços
a pequena sensação de espaço

Ajuda-me a caminhar por entre os
teus sonhos, a ser o alicerçe
das tuas ideias, o papel e os
teus rabiscos

Ajuda-me a morrer em ti
de tal forma que so renasça
p'ra ti, que viva em ti

Ajudas-me a sentir o que nunca senti?
Jean Herbert J&H

Friday, November 11, 2005

Explica-me ...

Explica-me como é possivel
Que me faças sentir uma porção de coisas
E ao mesmo tempo sentir-me leve sem ti

Explica-me como se faz a noite no teu olhar
Como guardas as estrelas em cada pedaço
Como reflectes o mar em cada traço

Explica-me onde te alcanço
Cada vez que de ti bebo
Cada momento que em ti adormeço

Explica-me este sentimento
Que me prende a ti
Que vigora em mim

Explica-me porque sou pequeno
Na tua ausência e gigante na tua presença

Explica-me porque não adormeço
E o sono relutantemente se esconde
E a saudade me invade

Explica-me porque te amo tanto
E não te tenho
Porque respiro do mesmo ar
E não te sinto

Explica-me o futuro que me aguarda
Se ainda te verei em mim
Se serás prisioneira no meu peito

Explica-me onde o teu rio desagua
Onde posso beber da tua fonte
Em que mar te encontro

Explica-me pedaço de ceu
Se a lua te pertence
E se o meu caminho iluminas

Explica-me as minhas dúvidas
Explica-me musa este mistério sem fim
será insónia ou o amor em mim ?
Jean Herbert J&H

Saturday, November 05, 2005

Não creio em mais nada


Já não tenho nada em mim
do que sobrou foi arrancado do meu peito
sangra sobre a dor fulminante
é um coração ferido

Sangra sem parar , suas lágrimas escrevem
teu nome e tuas últimas marcas
Não creio em mais nada nem no sentimento
cruel que me abandona sem razão

É um vicio querer sempre acreditar
que a felicidade ainda existe
que a solidão é mais um capitulo de
um livro esquecido

Que tolo sou quando sentado
repito que a vergonha de perder não
me assusta, que tolo sou por saber
que isso me apavora

Repito que não me assusta
que não o temo..
mas perder é sempre a derrota
de um sonho

Perdido sem me conter
sangra sem cessar o coração de poeta
ferido, moribundo, magoado
ao saber que há um vazio desse lado
Jean Herbert J&H

Thursday, November 03, 2005

Vagabundo ...

Cambaleando pelas ruas sou
um muro de ternuras, aparto de mim mesmo
e declaro à lua do sonho que se fez
do perdão que mereci

Troco passos e tudo me é estranho
ao mesmo tempo ressoam os sinos
de uma qualquer igreja
será o anunciar do pecado ?

A verdade é que me perdi e não
me axei, que te encontrei
e deambulo louco vagabundo
rindo, chorando murmurando

O pássaro que teima em chilrear
fazendo-me lembrar outrora
do sossego dos teus braços firmes
da saudosa paixão entregues no teu beijo

Sou todo meu e nada roubei
sou patético e vivo sem rumo
errante, cambaleando
porque o sol apressa-se em acordar

Em plenos pulmões
expulso o que me vai na alma
sou um vagabundo perdido
um pedaço de trapo

Já nada segura este vádio
nem a sua fé nem o seu fulgor
cambaleando e sorrindo
assim vive o "vagabundo do amor"


Jean Herbert J&H

Tuesday, November 01, 2005

Um dia violento

É o dia violento que me faz sentir assim
que queima os teus retratos
outrora em meu regaço, é o dia violento
que irrompe p'la janela e se deita na minha cama

Que violento se tornou este dia
capaz de ferir de consumir o próprio ar...
que sufoco, lá fora nada se passa
tudo é estático e petreficado

Violência que não se vê
apenas sente-se o que ela me trás
é um quarto vazio um corpo dormente
um sem-número de sonhos alvejados

Que violento se tornou este dia
que fraco me tornei ao senti-lo
sem forças
nada ao redor me convence

Foi o teu adeus que não pude responder
que me atirou ao sabor deste dia
onde nem a saudade de um sentimento
consegue afastar da minha vida
.....este dia violento.


Jean Herbert J&H

Sunday, October 30, 2005

Herança

Tanto tempo passou...
na memoria daqueles momentos
em que duas crianças
eram os olhos do mundo


Duas crianças a aprender a inocência
roubando o mistério
criando raizes, aquelas duas crianças
que nada diziam e muito lhes era pedido

Quando o tempo deixa marcas
de instantes passados
quando o mesmo tempo nos
dá a certeza que jamais voltam

Vazio e pesado
de um lado o mar do outro uma mão aberta
à espera daquela criança que mora na sua lembrança
....é esta a minha herança

Jean Herbert J&H

Saturday, October 29, 2005

Afortunado

Pobre de ti
que não procuras
quem te embale no seu colo
que te faça magia e nostalgia
apesar da tua fraca sorte

Pobre de ti
que aumentas o sofrimento
em cada passo
que da vida nada espera
no pobre casulo envolto
em seda

Pobre de ti
que o pó te cega...
o punho te magoa
a desilusão fria te fere a alma

Pobre de ti
que seguras as lágrimas ao
longo do dia
numa extraordinária capacidade de suster
o mundo nos teus olhos

Pobre de ti
que o desespero te assola
o mistério te consome
a razão dos dias abatidos
da tua existência...

Afortunado tu és
que teimas em viver...
... que fortuna é a tua coragem

Jean Herbert J&H

Monday, October 17, 2005

Retrato de uma Faculdade

São uns esqueletos com o absurdo das suas vidas
uns reis sem trono nem conquistas
uns escravos da sua mente
uma variedade de peças manipuláveis
são mentiras e rostos destorcidos
fardos de sem vergonha e inveja corrompida
São passos sem vigor nem pudor
uns dizem saber porque ali estão
outros apenas estão porque o estatuto lhes persegue
outros nem estão, fingindo estarem
por vezes ainda se houve uma gargalhada ao fundo do corredor
são amigos lá pensam os demais... e os que riem
serão os mesmos que atiram as pedras que encontram no seu caminho

Por vezes até falam em justiça, sabendo lá o que é ser justo
outros então escolhem a dedo a personagem que irão vestir
a pele que irão despir e a quem irão iludir
Há ainda aqueles que como rosas brotam no meio das ervas daninhas
que procuram por almas gemêas, pela verdade pela sinceridade pela amizade
esses que tantas vezes se fecham e choram por desilusão
Ah..., somos amigos, somos colegas nos bons momentos e nos maus
que pena que assim seja, porque
o fruto da amizade esse nunca chegara a ser plantado
em cada esquina há olhos que nos seguem, falando conspirando
a sua tese.
Podia perder aqui horas, dias e até anos mas perco uns minutos
a tentar pintar o quadro mais cinzento ... o quadro que a arrogância
e a intriguice pinta dia-a-dia.
Assim é... o corredor do snobismo.

Jean Herbert J&H

Sunday, October 16, 2005

Mundo meu...



Há quem não entenda e pregue uma risada
outros por momentos sentem saber o que sinto
da mais pura rosa e ténue sensatez
flácido rosto, impregnado de teorias e desesperos

Vazio, imundo e partido fugaz outrora incapaz
do que julgava ser o amanhã não se fez dia
novos caminhos apregoam os destinos
falsos profetas proclamam a verdade que desconhecem

Abarca-me tudo, o mau e o bom, a revolta e a justiça
O que bebo é angustiante e o resto derramado sera o rio
do que não pude conter, do idiota aos vossos olhos
do que fala por loucura e se rebela com as agruras

Fogo fátuo assim se apresenta o Homem
que por momentos e pacientemente teima em escrever
Há quem não entenda e pergunte porque escrevo tanto...
Escrevo para não morrer

Jean Herbert J&H

Thursday, October 13, 2005

Cansado...

Cansado do sono
cansado do sonho
cansado da vida
cansado de mim

Cansado das noites
cansado da madrugada
cansado da perenidade
cansado da efemêridade

Cansado da porta entre-aberta
cansado da tua ausência
cansado do medo sentido
cansado da coragem perdida

Cansado do sentimento obsoleto
cansado da dor no peito
cansado da falta de querer
cansado da rotina

Cansado do "olá"
cansado do "adeus! "
cansado de ser
cansado de existir

Cansado de dias assim..
cansado de me sentir assim
enfim, cansado do proprio
Cansaço ...

Jean Herbert J&H

Wednesday, October 12, 2005

Apaixonados... mas Amantes


(...) Posted by Picasa

As nossas mãos unidas numa sintonia
perfeita, nossos olhos brilhando
ardentes de desejo, dos suores que
deslizam ao som da respiração ofegante

Corpos colados numa simbiose divinal
a metamorfose do instante percorrendo
o corpo trémulo
a verdadeira e imparcial vontade

Dos labios que ao morder soltam
gemidos que ecoam em mim
os meus ouvidos apalpam da tua voz
o coração acelerado se precipita em ti

Nesta cama em que nua e possante
violas as minhas intimidades
perdes a razão e o oculto mistério
rasgas o que resta da pouca loucura

Neste pedaço que é so nosso
assim te tenho, assim me tens
um só percorremos todo o universo
despoletando o grito que nos trará de novo à Terra

Fazendo de nós cegos mas conscientes
loucos mas sádios
apaixonados... mas amantes

Jean Herbert J&H

Monday, October 10, 2005

Conto Contigo

Conto contigo para seres o meu trunfo
a dança dos passos errantes
a chuva que entorpece o rosto
os nossos beijos marcantes

Conto contigo nesta desordem
em tentar clarear a noite que
se abateu em pleno dia
ao arrastar o que se arrasta em mim

Conto contigo nesta luta
em que os vencidos agradecem
e os vencedores sacodem a poeira
da batalha que não existiu ao nascer da primavera

Conto contigo neste alento
força que me crava o espinho
do teu toque, do teu carinho
da tua penumbra no sucumbir do tempo

Nem que mil mundos se afastem
o sujeito te agoire e a coragem se perca
a miséria te alcançe na ausência de um amigo
faço sangue a minha marca para dizer

Que conto contigo ...


Jean Herbert J&H

Sunday, October 09, 2005

Mar Calado

Nem no silêncio existe dor
e o que existe consome-me...
largo a minha vida ao acaso aos lamentos
das ondas que na praia morrem

Vulgo ser, assim me faz sentir
lanço o meu grito ao mar calado
nada oiço, nada me é dado
e o que me penetra é vazio é triste

Colho uma concha tento no desespero
roubar um segredo, uma confissão
lanço-a de seguida ao mar num desalento
ela não me pertence e o seu silêncio
ficou na minha mão

É neste silêncio
que a dor não procura e a indiferença
adormece.
É neste pedaço de sonho que tento conquistar
As palavras que perco sempre que contemplo o mar


Jean Herbert J&H

Thursday, October 06, 2005

Testemunha Silênciosa

Sinto-me bem, sinto-me feliz
nada do que faça encontra o medo
não tenho receios nem desassossegos
não há desconforto neste petiz

Sinto-me tonto de olhar o céu
sou tolo porque sigo o teu voar
danço com as nuvens e acordo ao luar
agarro as estrelas e o teu véu

Naquele muro rabisco o teu nome
faço dele a testemunha silênciosa
planto a semente naquele jardim
a incerteza, essa já não tem espaço em mim

Fecho os olhos e alcanço o horizonte
sinto o cheiro a maresia
fujo para lugar incerto
na incerteza de que o incerto será o mais certo

Hoje é o dia que me sinto a mim
que a vontade de sorrir se torna capaz
mas amanhã... esse amanhã que tanto acontece
fará de mim de novo um ser que por ti padece


Jean Herbert J&H

Wednesday, October 05, 2005

Dar e Receber

Com o meu canto
Eu quero lhe encantar
Lhe embalar com o meu som
Embriagar
Fazer você ficar feliz cantarolar
La la la la, la la la la, la la la la
Capitando a energia
Desse seu lá lá lá
Sigo a filosofia
Que é do receber e dar
Eu quero dar, eu quero dar, eu quero dar
E receber, e receber, e receber
Fazer, fazer
Me refazer fazendo amor
Sem machucar seu coração
Sem me envolver
Mas se você se apaixonar
Me quiser numa total
Vai ter que ficar comigo
Coladinho em meu umbigo
De maneira visceral
Vou expor minhas entranhas
Lhe darei muito prazer
E bem prazerosamente
Vou abrir mão dos meus sonhos pra viver só por você
Eu quero dar, Eu quero dar, Eu quero dar
E receber, E receber, E receber
Fazer fazer, me refazer fazendo amor
sem machucar seu coração sem me envolver

Cantado por Martinho da Vila e Kátia Guerreiro
Esta musica traduz um misto de sentimentos e sonhos, que embora não seja o comum nos nossos dias reflecte muito bem o que é amar, é dar e receber sem "machucar". Tal como ela é linda assim deve ser a nossa vida, carregada de amor sabendo abdicar de alguns sonhos pela pessoa amada, sabendo sobretudo dar e receber sem machucar
Jean Herbert J&H

Tuesday, October 04, 2005

Não me guardes

Não me faças as vontades nem realizes os meus sonhos
faz da realidade o novo dia
e da paciência o livro aberto
da coragem a nossa monotonia

Não guardes os meus retratos nem apagues as velas
onde me sento existe espaço para teu colo
não é que guarde rancor ou mágoa
não é que te queira roubar a virtude

Não chores o vazio do momento
será meu peito que o sentirá
serão tuas lagrimas o meu berço
não é nada disto que eu mereço

Jean Herbert J&H

Monday, October 03, 2005

Loucura cega

Não é porque fica bem um sorriso nas palavras
nem um olá escondido no adeus
é porque a verdade sou eu e a mentira nós

Postrar-me sobre o chão que acendes
com o teu caminhar, magoa até
a criança que nela se vai deitar

Não quero saber se foi ontem ou hoje
quero a verdade nos teus olhos
o mais breve e saudoso abraço

Fazer de mim a loucura cega é impossivel
sou louco o quanto baste
mas vejo o que cansa a minha alma

Os outros que falam pouco ou nada sabem
saberão por certo o que os teus dedos indicarem
meu silêncio na minha boca será ferida neles

Nem adianta quererem travar a marcha das palavras
elas são minhas e delas faço o meu escudo
vivi na tua presença, hoje sou o poeta mudo ...

Jean Herbert J&H

Condição Humana

Pela primeira vez, ousei e aventurei a escrever não aquilo que para muitos se torna objectivo, mas sim o invisivel aos olhos do comum dos mortais..., a subjectividade patente neste texto, reflecte em si mesmo A Condição Humana.

Quantos de vós não caíram na tentação de se questionarem sobre situações aos quais são confrontados ? Certamente, ja estiveram com questões pertinentes tais como : "Será que mereço ?" ou " O que fazer ? " e até mesmo, " Porquê ?" .

Concerteza, muitos de vós estiveram em situações acima descritas quem sabe que tal como eu escreveram-me em seus diários o que vós ía na alma ....ou apenas sentiram e silenciaram.

Somos vulneráveis seres, entregues a uma escola, que educa segundo regras rigidas e aos quais estamos condicionados. A escola denominada VIDA tem muito que se lhe diga, tanto nos ensina a sorrir como a chorar, a amar ou a odiar, somos frutos do nosso Destino.

Mas será mesmo que temos um Destino ? Estamos condicionados a estar sobre um Destino ? Quando sofres, será que poderia ser evitado? Ou, simplesmente estava Destinado ? Não aceito nem me conformo que algo chamado Destino controle e encaminhe a minha vida. Senão seremos prisioneiros da nossa Condição Humana a condição que diz que somos seres livres e pensantes .

Ao estarmos destinados a algo estaremos a ser livres e pensantes ? Não creio...Então amigos e amigas pergunto-vos ... o que é feito da Virtude Humana se estamos e agimos como seres condicionados ? Viver será uma prisão com tempo limitado? Ou poderemos um dia quem sabe quebrar as grades e construir um mundo onde amizade e o amor impera ?

A nossa Condição Humana é apenas aquilo que se apresenta sobre a forma de Vida.

Jean Herbert J&H

Saturday, October 01, 2005

Veja Bem, Meu bem


Sinto te informar
Que arranjei alguém
Pra me confortar
Este alguém está
Quando você sai
Eu só posso crer
Pois sem ter você
Nestes braços tais

Veja bem, amor
Onde está você?
Somos no papel
Mas não no viver
Viajar sem mim
Me deixar assim
Tive que arranjar
Alguém pra passar
Os dias ruins

Enquanto isso, navegando eu vou
Sem paz
Sem ter um porto
Quase morto, sem um cais
E eu nunca vou te esquecer, amor
Mas a solidão deixa o coração
Neste leva-e-traz

Veja bem além
Destes fatos vis
Saiba: traições
São bem mais sutis
Se eu te troquei
Não foi por maldade
Amor, veja bem
Arranjei alguém
Chamado saudade

Maria Rita - Veja Bem, Meu bem
Deram-me a conhecer esta música desta grande Cantora e rapidamente me apaixonei pela letra, penso que a Saudade é companheira de todos nós e onde houver recordações e ausências, existira sempre Saudade.
Jean Herbert J&H

Friday, September 30, 2005

Confesso

Pelas noites que afagam o meu rosto
Pelos dias perdidos, pelas insónias, pelas
causas e pelos motivos
Chegou a hora de te confessar

A ti que tanto se fala e ninguêm te segura
A ti que muitos procuram, fantasma...
Por ti vidas são ceifadas entre corações amarrados
Em ti que muitos sacrificam os olhos que choram

A ti que nada temes mas que fazes temer
A ti os que te alcançam vivem na incerteza da tua partida
Na alegria em cada chegada
Na aurora do teu ser, moves mundos e multidões...

Sabes quantos são teus escravos?
Ah ! Se fosse tão facil falar contigo ...
Mas se a tua passagem é tão fugaz
Que certezas tenho, que me ouvirás

Deves ouvir muito o teu nome, vezes sem conta
Devem ter banalizado tanto a tua alma
Feriram o teu mundo sem dar de conta
Que hoje te escondes em lugar incerto

É, assim se fez e assim se fará
Hoje sou eu que escrevo ...
Amanhá o mundo falará deste tormento
Deixaram esconder o Amor... o mais nobre sentimento
Jean Herbert J&H

Thursday, September 29, 2005

Abrázame

Abrázame
Y no me digas nada, sólo abrázame
Me basta tu mirada para comprender
que tú te iras.

Abrázame
Como si fuera ahora la primera vez
Como si me quisieras hoy igual que ayer
Abrázame.

Si tú te vas
Te olvidarás que un día hace tiempo ya
Cuando éramos aun niños me empezaste a amar
Y yo te dí mi vida, si te vas.

Si tú te vas
Ya nada será nuestros tú te llevarás
En un solo momento una eternidad
Me quedaré sin nada, si te vas.

Abrázame
Y no me digas nada, sólo abrázame
No quiero que te vayas pero sé muy bien
que tú te irás

Abrázame
como si fuera ahora la primera vez,
como si me quisieras hoy igual que ayer
Abrázame...

Si tú te vas
me quedará el silencio para conversar,
la sombra de tu cuerpo y la soledad
serán mis compañeras, si te vas.

Si tú te vas
Se irá contigo el tiempo y mi mejor edad
Te seguiré queriendo cada día más
Esperaré a que vuelvas, si te vas.

Julio Iglesias*

Escolhi esta musica, porque identifico o conteúdo como sendo o que de mais me acontece em meus dias. Aqueles dias em que apenas queremos um abraço de quem amamos, aqueles dias em que nada importa e a incerteza de não perder algo se torna maior.
São dias como esses em que apenas peço um abraço e o resto é silêncio.
Jean Herbert J&H

Thursday, September 22, 2005

Amiga&Amigo

Ouve amiga
Não queiras ser um apenas um cravo quando podes ser rosa
Escuta amigo
Não queiras desistir quando o caminho se prolonga e o fim foge
Aproxima-te amiga
Não tenciones lutar uma luta vã, lembra-te que há sempre um amanhã
Aninha-te amigo
Se queres sonhar porque teimas em chorar? Há sonhos em que te
posso acompanhar

Ouve Amiga
O destino é nosso, porque o entregas ao desespero nas horas
mais dificeis ?
Escuta Amigo
Se estiveres cansado o meu abrigo será teu abrigo, o teu cansaço
o meu cansaço
Aproxima-te Amiga
Não desprezes o teu valor, não deixes que ninguém te roube
o sorriso com que amanheces os dias
Aninha-te amigo
Não há vitórias nem derrotas em que não esteja do teu lado
ergo as taças contigo, acolho as lagrimas que tenhas chorado

Oiçam, escutem, aproximem-se, aninhem-se
é por vós que me declaro abertamente
é por vós que escrevo
é a vós que amo eternamente

Jean Herbert J&H

Wednesday, September 21, 2005

Este é o tempo ...

Este é o tempo, esta é a hora
não há minutos a perder nem segundos a reter
é agora que me sinto capaz de tentar te alcançar
nesse mundo audaz

Este é o tempo, esta é a hora
não há rios a correr nem lágrimas a verter
é agora que o pecado corre nas veias
e a cegueira contempla a nossa loucura

Este é o tempo, esta é a hora
não há momentos nem instantes
é agora que a vontade rasga o ceú e o dia
e o nosso amor renasce nesta melodia ...

Jean Herbert J&H

Tuesday, September 13, 2005

Dilúvio

Há um dilúvio na tua mente onde emergem
amores, sonhos e a coragem imensa
nada pode evitar o inevitável, tão pouco o esconder

Há um dilúvio na tua mente onde submergem
ódios e desamores, mágoas e tristezas
não se pode quebrar a corrente da vida
ajustemo-nos a ela ...

Sabendo estar e sabendo sobretudo
em momentos de dilúvio, de incertezas
momentos de desespero e cansaço

Fazer emergir o que de útil e mais precioso
existe em cada um de nós, saibamos crianças adultas
separar a nossa mente nos diversos dilúvios

Evitando assim que nos afundemos nela ...

Diluvios na tua vida serão constantes ...
Emerges ou Submerges ?
Pensemos nisso e façamos de pequenos diluvios
Um mar de amor, amizade e coragem


Jean Herbert J&H

Sunday, September 04, 2005

Jean

Nunca pedi nada nem exigi muito apenas o suficiente
Nunca sonhei mais do que podia, apenas sonhei o que devia
Eram sonhos, eram sonhos... pelos quais levantei em punho
minha espada de orgulho e fé
Não me iludo com o que não possuo nem me engano com o desengano
Sou firme no que acredito, sou de unica palavra de unico sentido
De uma voz soam as minhas palavras mesmo que sejam turvas pela dor

Tenho da vida o que pedi, suficiente para viver e ser feliz
Tenho o meu sangue em dois seres de um amor nasci
Amo o que é meu, respeito o que não me pertence
Incomodo quem por mim passa pois não curvo nem ajoelho
Sobre chão algum, sobre pés nenhuns ...
Prefiro morrer e ser odiado, do que escravizar sobre vontades alheias
Fracos, vós sois fracos os que a sua faceta não conhecem, os que apunhalam
Amizades, os que atraiçoam quem lhe estendera a mão
Covardes, vós sois covardes por não admitirdes que pecam
Que a humildade não vos reveste, sois pó nos meus olhos somente pó !!

Atordoam os que em fraco sentido de vós bebem e acreditam
A mim não, nunca me encobrirão com o vosso tormento em estar vivo
Sou eu e serei sempre eu, no passado ou no presente, ontem ou amanhã
Nada me destruirá nem deterá, sou eu bem presente... Jean!!!

Jean Herbert J&H

Sunday, August 28, 2005

Pensamentos

  • Alguns dos meus pensamentos partilhados com vós...


"Há o amor que se esconde ainda sem nascer e há o que nasce, vive e leva a vida escondido "

" Amar é correr sem rumo é viajar sem regressar é adormecer e lá permanecer"

" Queres ser recordado? Ama até as pedras que pisas "

" A saudade é tão somente o inicio de um sonho "

" Um olhar revela os segredos mais ocultos que só os enamorados podem entender..."

Jean Herbert J&H

Wednesday, August 24, 2005

És tudo !

És o abrigo em dias de tempestade

És a sombra no deserto da vida

És o refugio do odor deste mundo putrefacto

És o consolo quando todos se escondem

És a bussola onde me encontro

És verdade no engano que me assola

És a realidade do eterno sonho

És o muro que separa o medo e a coragem

És novidade na rotina dos passos

És a força que enfraquece a tristeza

És o pranto que atormenta a agonia

És a mais bela melodia da mais humilde flauta

És ternura e amor sem razão

És tudo que nada tenho, és areia na minha mão ...


Jean Herbert J&H

Saturday, August 20, 2005

Nau

Partiu a nau naquele mar incerto
ficou o sossego de um pensamento
num grito sofrido...restou o deserto da alma
tu miras o horizonte e lamentas as horas perdidas
os momentos escondidos os sonhos desfeitos

Partiu a nau...

Partiu e não retorna desse mar longo
não sara a ferida nem cicatriza o dia
o teu consolo são as estrelas dormentes
na areia rogaste a praga aos deuses do olimpo
o mar consumiu-te a alegria de outros tempos
as pedras que agora atiras ao incerto foram
colhidas pelas mãos secretas das promessas

Já não se vê, não se distingue o pequeno torpor

Partiu a nau e levou-te o amor ...

Jean Herbert J&H

Sunday, August 14, 2005

Inconformado

Foi assim que inscreveste o teu nome?
Que mágoas me guardas, que praga me rogas...
Nem sei como pude ser levado pelo vento
Como me deixei levar no meu erro...

Se ao menos o tempo fosse meu amigo
mas até ele me abandona quase que me envergonha
o tempo que vai durar p'ra sarar esta ferida
Posso dizer que não quero que não te necessito

Será inutil, será enganar o curso do rio
será tentar alcançar um troféu que não é meu
Será tanta coisa, que saudades tenho do que
não soube dar, do que esteve comigo e acabou por refugiar

Sinto-me incapaz, inconsolável nas minhas proprias lagrimas
Estou frágil como as asas de uma borboleta
Preciso de um tempo esquecido, preciso de um sonho

Preciso de uma nova vida ...


Jean Herbert J&H

Saturday, August 13, 2005

Perenidade...

Sinto-me cansado ao caminhar nesta estrada
onde cada passo é um nada
estou sem forças nem animo, estou a perder ...
Esta alegria que se espelha na lua não reconforta
nem aconchega a alma que sendo minha
à muito me roubaste.
Prefiro não dizer nada
calar o mundo, calar o mais profundo dos meus
sentimentos.
Sinto-me cansado de pequenos momentos
a perenidade consome-me a cada segundo

Estou exausto...

Sinto-me cansado de não ter a mais bela flôr
de não partilhar a natureza nem o universo
de não contemplar o mais belo pôr-do-sol
nem o luar de Agosto
O mar que busco é uma história por acabar,
um poema por acontecer uma música por se compôr
Quem sabe um dia a estrada que percorro tenha fim...
do começo não me lembro, nem da partida dos meus sonhos
Enquanto choro por deambular nesta estrada
vou acreditando que ela me conduz à realização plena
a uma nova aurora ...

Então sentado à beira da estrada
olho os que por mim passam
pensando que triste destino tem o Homem...

...Eis que ganho força e acompanho
a solidão que tanto me maltrata...

Jean Herbert J&H

Monday, August 08, 2005

Ausência (Felicidade)

Já faz um tempo em que o tempo parou
Era manhã clara que se tornara noite pesada
foram tuas palavras em verde esperança
que despiram a minha alma num sopro violento
queimando o meu sono alucinando os meus sonhos

Já faz um tempo em que a cidade adormeceu
quando eu acordara do meu ultimo instante
uma leve brisa de saudade um breve adeus
era o meu rosto que carregava o fardo da ausência
eram minhas lagrimas que escreviam nossos versos

Já faz um tempo em que a minha vida desertou
de ontem até hoje nem futuro nem presente
apenas traços rabiscados do que podiamos ter sido

Já faz um tempo em que tu estas ausente...

Jean Herbert J&H

Friday, August 05, 2005

Pedinte

Só pedi um canto
nesse pequeno recanto
só pedi um pedaço do teu espaço
só pedi carinho desse mundo pequenino
... só pedi o teu coração


Jean Herbert J&H

Thursday, August 04, 2005

Antes

Antes que o meu desespero falasse
silenciei o luar, antes que a minha dor desatinasse
apaguei a chama que me consumia
antes que chovesse roubei os céus

Antes que fosse dia resgatei a noite
Antes que a lua te trouxesse escondi-me
Antes que a desilusão me afoga-se... fui mar
Antes de me negares, cravei tuas palavras no meu peito

Antes que a minha sepultura fale... chora por mim
Antes que o meu corpo seja pedaço de terra, reza por mim
Antes de tudo lembra-te do nada que eu tive
Antes de adormeceres lembra que sou um anjo que negaste
um dia...

Jean Herbert J&H

Saturday, July 30, 2005

Semente do Amor

Passam horas, adormecem mitos e eu ...
continuo sentado ao teu leito colhendo esperanças
nem à sombra de uma miséria eu seria mais feliz
foram horas assim, raizes fui criando

Passaram-se anos e mais horas foram caíndo
entre o desprezo de me veres e a incerteza de te ter
fui florindo regado de um amor que apenas o sol e a lua
podiam partilhar

Ali fui ficando sempre na esperança
que daquele pequeno gesto seria o amanhecer
continuamente horas foram passando e na tua janela
rosas de paixão e medo foram desabrochando

Eu que outrora sentei-me à tua janela pálido
agarrando horas pela noite que dormias
era feito de um tronco puro e de ramos serenos
entre rosas e tulipas era apenas uma arvore esquecida

Hoje e passados muitos anos tu cresceste e mulher te fizeste
e eu aquela semente que em tempos a paixão semeara se havia tornado arvore
com um tronco tão puro capaz de alcançar com os seus ramos tua janela
que fora inalcançavel pelo descuido de não me quereres

Dessa mesma janela vejo-te dormir e dos meus ramos
estendo a lua e o sol, e nesse misto de alegria
a semente do ontem e a arvore do presente
Vê dormir a amada num sono inocente

Jean Herbert J&H

Friday, July 29, 2005

Fomos e Somos

Fui eu que me fiz em momentos teus
Foste tu que me fizeste em horas por acontecer
entre o pecado e o desejo fomos ambos silêncio
labios que se encerram, olhos que adormecem
fomos mais que duas asas fomos almas por nascer
vincado o destino sobre o teu ser
foste musa ao escrever rainha em cada segredo
que muito consegue o mar te roubar
entre ser e nao ser, fomos tudo ...

Hoje somos anjos caídos
somos crianças em nós... pedaços de estrelas
somos uma constelação amor, somos paixão
somos um sentimento doce
somos pássaros de mão em mão...


Jean Herbert J&H

Monday, July 25, 2005

Magia Negra

Um pecado estava escrito no teu corpo um silêncio
Cavernas sombrias entre tumulos a giz e olhos sedentos
Ao teu sangue junto o meu no sabor do teu sofrimento
Arrancado uma alma pesada num pesado pesar de perdão
A verdade nao tinha forma o sonho era gelo
Cruel entre dentes arranquei-te o coração
E num sopro de penar, vagueio por nao saber onde o deixar ...


Jean Herbert J&H

Friday, July 22, 2005

Era...

Como é possivel que ainda caminhes no meu ser...
Se foram tantas noites em claro num vazio que era so meu
Perdi-me do que era ...não sei se me encontro
Tento tomar forma de uma tenue esperança

Se neste momento tudo tenho, porque me sinto vazio ?
Era preciso voltar a esse tempo distante
Em que a natureza abençoara dois corpos, duas almas ...
Em que do primeiro toque se fez melodia, se pudesse ...

Entrelaçados num instante por acontecer, era o sol que se despia
Era a noite que nos abraçava, a lua trazia-nos mais certezas
Hoje? Não sou nada do pouco que resta, deste mar revolto
Sou uma concha esquecida, uma oportunidade perdida ...
Jean Herbert J&H

Thursday, July 21, 2005

Solitudine

O mar acaba em ti quase por desespero ele termina
Não se ve nada em teu olhar vazio e penetrante
Apenas indiferença, apenas ...
Não lutas, não sorris, de que te alimentas ?

Curvas os mais erguidos, desfazes rostos e momentos
Desanimas quem não te deseja por companheira
Es fria como o leito do meu lago interior
Cruel como espadas entre punhos...

Esmoreces sonhos, crias muros e barreiras
Cansas os que amam, roubas lagrimas à criança..

De ti não quero esperanças, nem a sombra de uma paixão...

Vai de uma vez abandona-me solidão ...

Jean Herbert J&H

FDL

Há tanta vontade, há tanto querer
Há um poder que se constrói
Um sonho que avança
Um adormecer entre quatro paredes ...

Do pequeno passo tudo se alcança
Da entrada até a saída ...
Somos feitos da mesma balança
... A Justiça

Entre sorrisos e lágrimas pelo corredor...
Há uma historia em cada rosto
Pensando se esse é o caminho
Ou quem sabe o nosso destino ...

Quem vagueia pelas quatro paredes de um mistério
Sabe o sacrificio, sente o cheiro a cansaço e desanimo
Quem por aquela porta passa, é dono de um sorriso unico
Quem dali leva o canudo, leva historias contidas e lagrimas perdidas

Mas acima de tudo leva, carregado no seu olhar e na sua alma ...
A Ansia pela Justiça

Esta é a Faculdade de Direito de Lisboa
...
Jean Herbert J&H

Sunday, June 12, 2005

Parte de mim em mim ...

Não sei que sentimento absoleto e este que me absorve a alma!!
Tenho diante de mim esta força cega!
Dei-me a mim próprio em espectáculo!
Tudo o que fiz foi grotesco e inutil....

E todos os dias arranco de mim um grito.
Vivi fora de mim e mesmo assim
Tive de me aceitar,a mim mesmo assim...
Eu sou uma serie de fantasmas que se assustam entre mim e mim..Ouves o grito????

É preciso morrer novamente!
Vive devagarinho!!Sorri, esquece dorme sonha!!!
Só agora dou pelo sabor das lágrimas!!
Há por certo qualquer coisa no erro que me fascina...Há nao sei o que em tudo.

* Poema gentilmente cedido por um eterno apaixonado pelas palavras
Mendonça Bessa . A

Confuso

Não estou motivado, não sei o que escrevo
Nem sei a quem me dedico ou suplico
Escrevo em silêncio o ruido que me atormenta
Lentamente tudo se altera no meu ser adormecido

Não penso não quero pensar que podia ...
Podia ser um passo teu ou um toque nosso
Ser uma gravura na água gelada
Podia te dedicar minha amada

Mas não quero ser um planeta distante
Não quero pertencer a um mundo só meu
Quero ser o dia e a noite caminhando
Quero escrever mas não sei o que estou amando

Jean Herbert J&H

Saturday, June 11, 2005

Eterna Saudade

Breve passagem a tua, soneto por concluir
Tanto de ti ainda tenho e tão pouco me sinto
Coberto de ausência e saudade, vivo...
Deitado em vazios de recordações

No teu ninho ainda serei teu filho
Tinhas muito pra ver e pouco viste
Cresci e trilhei caminhos que almejavas
Fiz-me ser o que os teus olhos tanto viram

De maõs dadas me ensinaste a caminhar
Do teu sorriso aprendi a sorrir
Foste pai e mãe, foste amigo, és um anjo
Como sou grato ao amor que me ofereceste

Em dias mais melancolicos, recordo-me de ser ...
... de ser o teu mensageiro de saudade, da tua alegria
Enterrado entre lençois e a almofada, entro em sintonia
Finjo que ainda te tenho, e que amanhã será um novo dia

Breves lágrimas, deturpam minha face e o meu ser
Tento adormecer e por momentos sinto que me embalas
Sussuras ao meu ouvido que me amas, tu não tens maldade
Amo-te e amarte-ei sempre, do teu neto com eterna saudade

Jean Herbert J&H

Saturday, June 04, 2005

Mistério

Corria em mim aquele desejo ...
Aquela vontade enorme de ser pó
E sendo pó serias poeira minha
Tanta magia nos meus dedos

Hoje sinto-me bem, sabes?
Sinto sim, olha pra mim não ves que meus olhos brilham ?
É por ti ninfa minha, tanta ternura
Fruto de um amor que ainda perdura

Quando lá no horizonte o sol adormece
Então eu sei que a noite me trará
Fumos e insensos, toques e mistérios
Adormeço,embalado pela minha angustia

...E dormindo foste, és e serás um novo dia

Jean Herbert J&H

Saturday, May 14, 2005

Devolve-me

Ainda ontem ali estavas amando-me
Não quis ver tamanho amor, nem tua dedicação
Hoje revejo-me no mesmo filme, mas neste sou quem sofre
Sabes ..., ainda ontem te disse que o dia era perfeito

E tu sorriste, como se o sol estivesse no teu olhar
Oh ... vida, tomas conta de mim e fazes-me
querer desistir de ser o que nunca fui
Posso te chamar Amor ainda ? Não ...

Tais palavras já não tem lugar cativo em ti
Marcaste-me, levaste-me ..
Devolves-me ?

Jean Herbert J&H

Porque...

Porque foi bom, porque assim foi
Porque te amei e ainda te amo
Porque cada momento meu ainda é teu
Porque cada lágrima tem o teu reflexo

Porque a minha tristeza tem um nome
Porque o meu erro tem um preço
Porque cada palavra ainda recorda...

Porque sou um perdedor ...

Jean Herbert J&H

Criança ...

Hoje acordei e queria ser diferente...
Ser levado pela inocência numa viagem sem retorno
Sorrir, brincar sem saber os limites,
engavetar tudo numa so lembrança...

Hoje queria ser criança ...
Jean Herbert J&H

Thursday, May 12, 2005

Vago ...

Fácil querer desanimar
acreditar é tornar real
Ser apunhalado custa;
troca as voltas à vida injusta !

Sorri, anima, canta...
Adormece, sonha...
Acorda, VIVE !
Esquece-me e esquecer-te-ei

Toca em mim uma última vez
Não !! PARA !!!
Ja te arranquei do meu peito...
Agora sou um errante
Que já não se lembra como é ser amado

Jean Herbert J&H

Saturday, April 30, 2005

Mãe

Mãe

Mãe !
Que palavra tão doce
Tão suave de pronunciar
E tão valiosa.
Mãe !
O meu tesouro, a minha felicidade
A minha esperança no amanhã
Mãe !
Nas horas mais difíceis
E nos momentos de aflição
Só o teu nome ecoará no espaço

Mãe!
Quantos filhos desejariam uma mãe eterna
E quantos filhos choram
Por não terem o teu carinho, a tua protecção, o teu consolo
Mãe!
A tua voz é uma melodia que nos embala
E nos encoraja para o futuro
Mãe!
Só a ti chamarei, só a ti pedirei
Mãe! Que palavra tão pequenina
E com tamanho valor

(Dedicado a todas as mães)
Jean Herbert J&H

Memórias

Memórias

Toco cada dia em ti e no entanto não te tenho
Relembro cada pôr-do-sol e o horizonte não é o mesmo
Choro ao lembrar o teu sorriso e tuas palavras
como se ainda aqui estivesses

Engano-me entre sonhos e desejos
teu nome chamo...
Ah! Se eu pudesse, se eu pudesse ...
Seria vida em mim, ao invés de morte

Que castigo cumpro, que pecado foi
Peço que me levem daqui...
Não posso continuar
Tua ausência doi... sem cessar.
Jean Herbert J&H

Tuesday, April 26, 2005

Desfolhando

Sim quero mais, ah... como eu quero
Atira-me as tuas mágoas à face
Cansa-me a Alma, engana o pensamento.
Sim tu podes, mas não queres

E mesmo não querendo, serás morte
Ao invés de vida, serás ressureição
Calma, serena, convives com a Paz
Aqui Jaz o sentimento

Jean Herbert J&H

Imagina

Imagina


Fecha os olhos e resigna-te
Imagina um manto cinzento
Abafa o riso de uma criança
Um mundo sem côr...
O horizonte sem o pôr-do-sol

Imagina isto e muito mais,
e terás o meu mundo na tua ausência


Jean Herbert J&H

Sunday, April 24, 2005

Outro lado

Outro lado

Quero e não posso
Tenho e não possuo
Sou escravo de mim, prisioneiro do meu ser
Podia quebrar os grilhões e arriscar...

Mas seria apenas mais um ...


Jean Herbert J&H

Recitando

Como se fosses uma melodia assim te sinto,
em breves acordes surges,
encolho-me sobre o teu leito,
refugio de prazer.

A noite que insiste em calcorrear a cidade,
e na minha janela vejo a tua sombra,
quero adormecer, mas a saudade afronta.
Sei que não há por onde fugir,

Apaixonei-me e não dei de conta

Jean Herber J&H

Friday, April 08, 2005

Mulher


. Posted by Hello

Mulher

Face escondida, em que te perdes
Rosto temido na noite cerrada
Cansada de ti, cansada da vida
Mulher, hoje é o dia da tua partida

Segura firme em ti os desejos
Guarda tuas vontades entre beijos
Faz de ti vitória renascida
Es pranto de agonia, es Mulher sentida..

E se te vejo partir, nada me resta
Sou Ateu na tua ausência
Sou frágil sem a tua presença
Volta!! Minha alma precisa da tua essência


Jean Herbert J&H

Monday, April 04, 2005

Nosso Amor


. Posted by Hello

Nosso Amor ...

Disseram-me no pecado
Que era melhor te esquecer,
Que aquilo com que sonhava
Não seria o que podia ter.
Disseram-te
Que muito gostava de mulheres,
Que as mais queria
Do que aquilo que tu me queres!
Disseram-me
Que tinhas duas faces...
Que o que irias esconder
Eu nunca poderia compreender!
Disseram-me que era melhor não ser
Mais um osso duro de roer!
Disseram que não valia a pena sentir,
Que laços existiam
Que nunca se poderiam unir!
Disseram que não podia ser feito de aço!
Terei culpa disto...Do que sinto e faço?!
Que parte de mim devo deixar morrer?!
Deverei ao coração (ainda) a culpa de sofrer?
Disseram-te na inocência
Que era melhor me esqueceres
Que aquilo que desejavas
Eu não podia ter!...
Que era melhor não me veres!
Disseram-me que te tinham visto
outro dia a sorrir
Que a noite em que não existo
Muito consegue os teus lábios despir!
Disseram-me que eras doida varrida
Que a tua segunda vida
Era alma perdida.
Disseram-me que nunca te iria conhecer
E que só a ti própria te irias pertencer!
Disseram-te que gostava de me perder!...
Que seriamos impossíveis
Que vidas cruzadas por nós não passariam...
Que nunca haveríamos de o dizer!
Mas nós dissemos, perdidos da vida
Que nos estávamos a sentir,
Que o outro mundo, em nós
Estava mais perto de atingir...
Que coisas haviam que não se podiam prever!
Dissemos no enlace
Que o espírito não tem face!
Que só nos é permitido ocultar
O que proibimos de mostrar!
Dissemos o como era doce o prazer de provar!...
O como nos tinham dito
Que não podíamos chorar!
Que o "abraço maldito"Nos tinham que cobrar...
Que não seriamos escravos de uma terceira vontade!
De uma pouca loucura.
De um sorriso só pela metade!
Dissemos angustiados
Que nunca haveríamos de ser
Nem os brilhos desejados
Nem velas a derreter!
Dissemos em segredo, um leve "adeus até breve"
Para cada rosto outro a desaparecer...
Com os nossos lábios em sangue a verter...
Um suspiro de dor, amordaçado na brisa suave a ferver!
Dissemos que tudo seria esquecido(Planeado por eles):
Os instantes mais belos
Dos segundos mais sofridos, passados a aprender!
Dissemos que poderíamos voltar a não dizer
Ou que ninguém nos dissesse
A sorte que não haveríamos de ter
No que quer que houvesse
Ou pudesse acontecer!
Disseram-me que foi tempo perdido
E que não deveria voltar a falar
De coisas que as pudessem sensibilizar,
Disseram-te que tinha partido
Em busca do que precisava de alcançar...
Que já era feliz com o que não me quiseste dar!...
Disseram-te que a minha solidão já era dividida...
Que morava distante num canto doutro abrigo...
Que a tristeza já não fazia parte da minha vida!...
Disseram que todo o sonho tem um fim
E que este morrera recém-nascido!
Mas nunca te disseram
O que a certeza só hoje me faz sorrir
O prazer de poder-te dizer(emocionadamente num enorme aplauso do coração):
"Amor, eu quero me casar contigo!"

Sunday, April 03, 2005

Fernando Pessoa

Quer pouco, terás tudo.
Quer nada: serás livre.
O mesmo amor que tenham
Por nós, quer-nos, oprime-nos
Fernando Pessoa

Hoje


. Posted by Hello

Hoje acordei ao som das gotas de chuva que suavemente, foram caíndo ... aos poucos o meu pensamento foi divagando ... e que triste divagar

Percorri a minha vida, como se de um livro se tratasse, algumas "Páginas" tão alegres e outra tão depressivas, algumas ainda por "escrever " outras com a escrita tão " pesada " .

Lentamente a chuva continuava a "tactear" a janela... senti frio e calor, e cada vez mais sentia a minha alma inundada, apressei-me a levantar, dei de conta que a chuva à muito tinha cessado... e que neste momento a chuva que outrora me acordava alegremente, se tinha transformado em lágrimas que me percorriam o rosto e a alma ...

Jean Herbert J&H

Recordações


.. Posted by Hello

Recordações

Tudo o que sei e não sei de Ti
Das mágoas, as insónias que passei
Recordações não trago de ti
As paragens do tempo e os vendavais
Tudo sucumbiu na minha mente
Desejos e ternuras guardadas que o tempo eclipsou
Deixando para trás o que ninguem desejaria
Conhecer e tão pouco viver

Restos de uma vida torbulenta
Em cujos caminhos e esperança encontrei
Rogo e perco o mal de cuja a causa
Não sei explicar, mas de cuja a dor até hoje
Pesa no meu peito ...
Jean Herbert J&H

João Paulo II


. Posted by Hello

Karol Wojtyla nasceu no dia 18 de maio de 1920, na pequena cidade polonesa de Vadovice, a cerca de 50 quilômetros de Cracóvia. Era o segundo filho de Karol Wojtyła e Emilia Kaczorowska e veio ao mundo durante a guerra da Polônia com a União Soviética.

Nesta época, Karol Wojtyla, que adorava poemas, escreveu um lembrando a dor e Deus:
Sei que sou pequeno/ Mas há outros ainda menores que eu/ Ele me escolheu, Ele me lança nas cinzas/ Ele pode fazer isso - mas por quê?/ Por que fazer isso comigo?/ Ele é o provedor

Morreu alguem que eu admiro, pelos seus ideais, pela sua força fé e dedicação, que Deus te acompanhe Karol Wojtyla

[1920 - 2005]

Saturday, April 02, 2005

Querer ...


Sad Posted by Hello

Quis conhecer o Mundo, então Deus concedeu-me essa benção e nasci...
Quis ser criança, tive olhos de menino ...
Quis conhecer parte de mim, então conheci a amizade...
Quis ser Homem e ter sonhos e aventuras, eis-me aqui...

Quis chorar e rir, quis conhecer a tristeza e a alegria, quis tocar na dor e no prazer ... quis nunca mais voltar a ser o mesmo...desde então começei a Amar !


Jean Herbert J&H