um muro de ternuras, aparto de mim mesmo
e declaro à lua do sonho que se fez
do perdão que mereci
Troco passos e tudo me é estranho
ao mesmo tempo ressoam os sinos
de uma qualquer igreja
será o anunciar do pecado ?
A verdade é que me perdi e não
me axei, que te encontrei
e deambulo louco vagabundo
rindo, chorando murmurando
O pássaro que teima em chilrear
fazendo-me lembrar outrora
do sossego dos teus braços firmes
da saudosa paixão entregues no teu beijo
Sou todo meu e nada roubei
sou patético e vivo sem rumo
errante, cambaleando
porque o sol apressa-se em acordar
Em plenos pulmões
expulso o que me vai na alma
sou um vagabundo perdido
um pedaço de trapo
Já nada segura este vádio
nem a sua fé nem o seu fulgor
cambaleando e sorrindo
assim vive o "vagabundo do amor"
Jean Herbert J&H
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